Acre
Número de incêndios ambientais em Rio Branco aumentou em mais de 137% em um ano
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O número de registro de incêndios ambientais na área urbana de Rio Branco aumentou em mais de 137% em um ano. Segundo dados do Corpo de Bombeiro do Acre, nos primeiros 12 dias de agosto deste ano foram registrados 468 incêndios.
Esse número é 137,5% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando houve 197 incêndios.
Ao G1, o major Cláudio Falcão, da assessoria dos bombeiros, explicou que os fatores que contribuíram para o aumento de incêndios foram os fortes ventos. Esses ventos, inclusive, causaram um acidente na Expoacre 2019, quando derrubou um brinquedo inflável e deixou crianças feridas.
“Tivemos um mês de agosto praticamente com temperaturas baixas pela parte da manhã e alta à tarde. Isso faz com que o clima fique totalmente favorável para as queimadas. Com esse clima seco e temperaturas altas as pessoas colocam fogo. Em anos anteriores não tinham tanta ventania como ocorreu agora faz com que percam o controle e áreas maiores queimem mais”, ressaltou.
Falcão acrescentou que ano passado, cerca de 7 mil hectares em Rio Branco foram queimadas durante o período de avaliação. Porém, os números de área queimada esse ano deve ser bem maior.
“Ventos chegaram a 50 quilômetros por hora nas ventanias no início do mês. A média é de 30 quilômetros por hora, não são ventos que causam quedas de árvores, destelhamento de casas, mas para o fogo é tudo de bom”, lamentou.
Registros de incêndios ambientais são mais de 137% maiores que o mês de agosto do ano passado — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros do Acre
Decreto
Com mais de mil focos de calor, representantes de órgãos de prevenção e controle ao desmatamento e queimadas solicitaram que o governo do Acre a publicação do decreto de situação de alerta no estado.
Conforme Falcão, com a umidade relativa do ar a 20% e se a situação não mudar, logo será decretado estado de emergência devido as queimadas.
“Se nada mudar, mesmo com nossas campanhas, órgãos envolvidos, podemos chegar no estado de emergência. Entre os fatores humanos e climáticos. A questão da baixa umidade do ar, é uma questão que não temos interferência, mas está em 20% e se chegar até 12% já estado de emergência”, alertou.
O major lembrou que todas as medidas adotadas de prevenção e combate se tornam mais eficazes se a população ajudar, não colocando fogo no meio ambiente.
“Tomamos as medidas necessárias, fazendo o combate direto, continuando com as campanhas, chamamos os órgãos. Mas, com todos os esforços dos órgãos governamentais, se não houver a colaboração efetiva da comunidade a gente fica prejudicado”, argumentou.